Matéria recente publicada nos meios de comunicação e fala sobre a importância da voz padrão em diversos veículos de comunicação. Mas não pense que apenas na publicidade e jornalismo isso é importante; em trabalhos como e-learning, radiowebs's e apresentação institucionais de empresas essa marca também é importante. Eu, por exemplo sou voz- padrão das lojas Preçolândia, da CSAV Group entre outras empresas que precisam de uma voz venda bem seu produto ou serviço.
A EccoVoz disponibiliza vários profissionais que possuem este perfil e com certeza uma delas pode ser a SUA VOZ.
Esta matéria tem uma entrevista especial com nosso amigo e colega de rádio Doni Littieri,que já foi voz-padrão na TV Globo São Paulo, Rádio Antena 1 e hoje está na TV Record; confira na íntegra a matéria na sequência.
Boa leitura!
Fernanda
Quem nunca teve curiosidade em saber o
rosto e a identidade daquela voz companheira dos intervalos comerciais
de TV ou de rádio, que alerta sobre o filme da vez, o dia e o horário de
seu programa preferido? São rostos anônimos, mas com vozes que são
facilmente reconhecidas se ouvidas em qualquer ambiente. É o caso do
locutor Doni Litieri, voz padrão da TV Record.
Em conversa com a reportagem, não
demora nada para que ele comece a dar exemplos daquilo que sabe fazer de
melhor: interpretar com a voz. De improviso, ilustra como faz suas
chamadas. “Confira no ‘Hoje em Dia’ com Edu Guedes”. Esse tom é mais
descontraído”, explica. “Nesta quarta, ‘CSI’. “É uma série policial,
portanto, precisa ser chamada com mais firmeza.” Longe de ocupar papel
de celebridade e ser parado para dar autógrafos, Litieri conta que tem
seus momentos de reconhecimento em público.
“Uma vez a funcionária de um
supermercado disse que conhecia minha voz de algum lugar”, diverte-se.
Na época Litieri emprestava sua locução para a TV Globo. Situação
semelhante já aconteceu com Jacqueline Dalabona, locutora da Rádio
BandNews FM. “Às vezes começo a conversar com alguém e a pessoa fica
tentando identificar de onde conhece a minha voz. Quando lanço mão do
‘Em 20 minutos tudo pode mudar’, slogan da rádio, as pessoas
imediatamente reconhecem”, comenta Jacqueline.
QUESTÃO DE TÉCNICA
O papel de Litieri e Jacqueline,
assim como muitos de seus colegas que atuam como locutores padrão, seja
no rádio, seja na TV, vai além das chamadas. Tecnicamente essa locução é
conhecida como “voz padrão”. É o que dá a identidade ao canal e é
indispensável para apresentar as atrações da casa. Segundo
publicitários, o dono da voz representa o personagem, que cria relação
direta com telespectadores e ouvintes. Litieri reconhece que,
aparentemente simples, o cotidiano de um profissional que faz voz padrão
requer interpretação e sinergia com o conteúdo da emissora. Ele grava
diariamente. Jacqueline costuma gravar de duas a três vezes por semana,
de acordo com a demanda das chamadas urgentes e do noticiário.
Litieri explica que na Record existe
um departamento específico para locução, encarregado da dinâmica de
gravações e da produção dos textos que serão lidos e interpretados. A
regra também vale para outros canais de TV. “A técnica é simples, mas
determinante. Imagine que minha chamada será responsável por apresentar o
programa para o telespectador. É um momento fundamental para ganhar sua
atenção.” A técnica destacada pelo locutor depende bastante de
interpretação. “O improviso do rádio nos ajuda bastante nessa hora. Se o
anúncio for de um programa de auditório, é um ritmo. Se for uma série
de aventura, outro. Se é um filme de terror, muda mais ainda”, diz.
ESCOLA DO RÁDIO
Todos os profissionais ouvidos por
imprensa para esta matéria são, inicialmente, radialistas. Uns migraram
para a TV, outros estão nas duas mídias e outros ainda optam pela
atenção exclusiva ao dial. É o caso de Roberto Nonato, que, além de
âncora da Rádio CBN, também é voz padrão da Rádio Globo. “Nosso trabalho
dá identidade a uma emissora, seja ela noticiosa, seja de
entretenimento. Quantas pessoas nem precisam ver a frequência para saber
em que rádio estão sintonizadas? Só de ouvir, elas já identificam onde
ligaram.”Nonato também dá ênfase à técnica, o que ele prefere chamar de
dinâmica. “Eu faço vinhetas de esporte e jornalismo e, ainda que o
ouvinte perceba que é a mesma voz, ela não pode ter a entonação igual,
deve variar. É desse esforço que depende o sucesso da vinheta de um
programa.”
O locutor alerta que, se a chamada
não for bem-feita, pode derrubar um bom conteúdo. “Se estiver deslocada,
pode tirar o brilho.” Sobre a dinâmica de trabalho, ele explica que o
ritmo não é pesado, mas é diário e esclarece que voz padrão não se cria
da noite para o dia. É necessário tempo para moldar a tonalidade. Colega
de emissora de Nonato e voz padrão da CBN, Laerte Vieira pontua que a
rádio all news requer do profissional uma dedicação específica. “A voz
precisa ser neutra. Não pode ter muita ‘cor’. Não pode puxar demais para
o grave. Nem muito séria nem muito descolada. Se é muito grave, só vai
vender produto jornalístico que requer alta credibilidade, mas pode ser
incompatível com um programa de entretenimento.”
Para Vieira, o desafio é atuar nessa
faixa neutra. O profissional deixa claro que a voz padrão é algo
distinto da publicidade. “Sou jornalista e não misturo trabalhos
comerciais com notícia. Sempre que existe o oferecimento de um anúncio
do programa, ele vem separado e feito por outra pessoa. O produto que eu
represento é a CBN somente”, conclui. Voz padrão da Rádio e da TV
Bandeirantes, Walker Blaz ressalta o nível estratégico da função para a
emissora e a importância de o locutor estar alinhado com a casa. “Quando
você se torna a voz de um veículo, todo o seu foco precisa estar ligado
no projeto que a direção pretende desenvolver com a sua participação. A
partir do instante em que você está integrado, sua voz se transforma no
instrumento da divulgação de um produto complexo, que exige o melhor do
seu potencial.” Para ele, o trabalho desenvolvido contribui para
influenciar todas as pessoas que trabalham no canal. Donos de uma grande
responsabilidade, os profissionais de voz padrão são responsáveis por
um elo fundamental do negócio: a aproximação da marca da emissora de sua
audiência por um dos primeiros meios de comunicação existentes: a voz.
Identidade x Publicidade
Há 12 anos como principal voz
publicitária das Casas Bahia, Bob Floriano, atual presidente do Clube da
Voz, atua em diversas áreas. Além de locução publicitária, ele também é
voz padrão do canal a cabo E! Entertainment. Floriano é jornalista e já
apresentou programas como “Shop Tour” e “Fala Brasil” na TV Record.
Porém, a formação jornalística não o impede de atuar na locução
publicitária. No Clube da Voz seu objetivo é valorizar o locutor e
oferecer alternativas de qualidade aos anunciantes.
Emprestando a voz
“Há 12 anos, sou a voz das Casas
Bahia. Foi sendo construída uma relação de identidade e confiabilidade. A
marca percebeu que seu produto estava muito bem impresso no áudio. Eu
sempre digo que nós emprestamos um RG para a marca com a nossa voz. E
acho que as empresas sérias tomam esse cuidado na hora de selecionar
seus locutores.”
Na TV paga
“Também sou voz padrão do canal E!
Entertainment há mais de 10 anos. A TV paga é um mercado muito grande e
tende a crescer ainda mais. Mas exige qualidade. O investimento deve ser
sério. Mas a técnica em si segue a dinâmica dos outros canais.”
Limites da publicidade
“Quando você é voz padrão sempre
existe essa divisão. Tem outro profissional nos canais que faz
especificamente as chamadas comerciais. Não me importaria de fazer os
dois, mas isso é uma decisão do canal. Mas o resumo de tudo isso é: o
profissional de voz padrão empresta a credibilidade de sua voz para
emissoras e marcas.”
Matéria publicada na edição de junho (279) da Revista IMPRENSA