07/08/2009

Mente Perturbada


Esse é um post bem diferente do que estou habituada a fazer por aqui no blog e resolvi usar ele como um divã onde posso 'despejar' tudo aquilo que me faz passar mal. E eu estou passando mal, passando mal porque tem uma série de sentimentos que me pertubam e aqui é o melhor lugar p/ deixar tudo isso.
Falar de scolhas profissionais sempre foi muito fácil p/ mim, mas nas últimas semanas ouvi perguntas do tipo: "ué, vc não é jornalista? E porque vc não exerce???"
Nas últimas semanas andei fazendo algo bem diferente do que escolhi profissionalmente. Atualmente faço um frila na área de biblioteconomia, que particularmente achei que seria bom p/ ganhar uns trocos. O bom é que eu trabalho com livros, o que sempre é algo fascinante pois os livros mesmo em silêncio dizem mais do que qualquer outra coisa.
Quando escolhi a carreira de jornalista, me disseram que era uma perda de tempo; que o mercado era um lixo, que a panela era grande, que tinha que conhecer alguém, blá, blá, blá. Quis pagar p/ ver e o resultado: pago até hoje o sapo de estar com um pé dentro e outro fora do mercado.Nunca consegui meu real espaço como repórter de rádio, que era o meu objetivo à princípio. Minhas atividades jornalísticas se resumem à coluna que faço em um site sobre rádio e a este humilde bloguinho.
Anos depois, decidi apostar em uma área que alguns colegas do meio disseram que daria certo, afinal a oferta era pouca e a procura graaande; então o curso de locução veio como ar fresco na minha caminhada profissional.Me tornei locutora profissional: me empenhei, treinei, cortei vícios com uma fono e enfim, corri atrás de rádios daqui de SP, as AM´s e FM´s da vida e....nada!de repente aqui em SP só se contrata "APENAS 3" vozes femininas e já que a preferência não era pelo meu trabalho, montei há 4 anos meu home-estudio e quando tudo ia muito bem, o número de locutoras no país que teve a mesma idéia pipocou e o trabalho ficou escasso querendo pagar qualquer dinheiro por um talento que é um dos poucos dons (bons, eu acho) que tenho, não cobrindo o custo do trampo em si.
Há quase 1 ano, resolvi apostar em outro 'nicho' de mercado que pode parecer estranho mas me ajudou em vários apéctos, principalmente de forma espiritual. Decidi fazer Pós-Graduação e em uma área que ninguém quase ousa em se meter: religião. Estou fazendo Pós em teologia afinal, qual jornalista neste país tem especialização em teologia sem ser proselitista?
Mas quando tudo parece estar mais ou menos definido na vida da gente, tive a oportunidade de trabalhar como bibliotecária de um acervo de mais de 5 mil livros. Achei que ia dar um certo trabalho, mas a idéia me pareceu muito boa, à princípio e me vejo lendo 1 livro praticamente por dia, de tanta informação que tenho por lá.
Aonde quero chegar com todo este roteiro p/ um filme deprê?
Quero entrar no filme e no livro do cachorrinho 'Marley'. Para quem assistiu, o dono do cão era um jornalista que em uma entrevista de emprego para ser repórter em um jornal ouviu a clássica pergunta: como você se vê daqui a 5 anos? E ele respondeu: quero estar em qualquer lugar fazendo o que gosto, feliz e com minha família, mas sempre evoluindo...
Toda minha vida profissional foi planejada e nada do que planejei saiu como eu quis. Nos meus trabalhos, apliquei meus conhecimentos mas não cheguei de fato aonde queria de acordo com o traçado inicial do meu chamado "projeto". O que quero fazer agora? O que você, caro leitor gostaria de fazer que lhe desse prazer e ainda ganhasse bem por isso?
A minha próxima idéia é abrir um Pet shop, morar em um lugar de clima quente e continuar, mesmo capenga falando no microfone de alguma rádio em uma cidade pequena, onde ainda possam valorizar os bons profissionais e ser amiga dos meus ouvintes.Será que consigo?

2 comentários:

Watson disse...

Fernanda, acredito que em um mercado menor você possa se destacar mais. Percebo aqui na minha região que os grandes talentos estão sempre em evidência e sendo disputados por grandes empresas de comunicação. Claro que aqui não se paga tão bem, mas qualidade de vida aqui tem de sobra. Boa sorte e sucesso!

Paulinho disse...

Oi, Fernanda! Por um conselho seu eu entrei no teatro, e lá aprendí que "estar pronto é tudo". Tô começando como radialismo agora, e realmente o mercado não tá fácil. Não sei qual será seu proximo passo, não tenho muita sugestões também. Mas quero que saiba que muitos ainda irão te seguir, independente de sua escolha. Continuo me inspirando em sua carreira, você é D+!
Deus te ilumine, Sucesso!!!